Abracei,
ao luar,
eclesiástica figura,
coberta apenas
por seda azul de meigura.
Abracei,
ao luar,
uma silhueta delicada,
uma pena dourada.
Seu corpo era leve
e pesado
tal era a sua solidão.
Pedi-lhe que me levasse,
que me mostrasse beleza.
Pedi-lhe que me sentasse,
no seu trono de pureza.
Quando finalmente olhei,
senti que me encontrei,
no firmamento,
onde, ao luar,
o abracei.
Daniela Santos
Nº12, 8ºD
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